Biografia
Elecir Casagrande Perpétuo Garcia é hoje uma das principais lideranças políticas de Rio Verde e da região Sudoeste. Um homem de visão, raciocínio rápido, de muitas habilidades profissionais, dotado de um imenso senso crítico e social, que não mede esforços para ajudar aos menos favorecidos. No meio político é reconhecido e respeitado peloseu poder de articulação, discurso persuasivo e carisma.
É fácil admirar esse político de brilhante futuro, que tanto colaborou com a história de Rio Verde. Contudo, é conhecendo sua vida e origem para compreender melhor tamanhos atributos. Fruto do casamento do mineiro José Eraldo Perpétuo, o Seu Juca da Lagoa, e Ivanir Garcia Vieira.
Casagrande nasceu no dia 18 de novembrode1968. É o filho mais velho de uma família de quatro irmãos. Seu Antônio Fernandes, seu Totó, pai de Ivanir Garcia, portanto avô de Casagrande, foi um dos fundadores do distrito de Lagoa do Bauzinho no município de Rio Verde.
Dona Ivanir, conta que com quatro anos de idade, ele já sentia o desejo de ir para escola. “Era um garoto muito inteligente. Comecei a ensiná-lo em casa mesmo. Quando ele chegou na escola já tinha muito conhecimento. Sabia o nome do governador, presidente da República, cidades, estados e coisas desse tipo”, lembra ela.
O maroto Casagrande chegava a fugir do larcom a intenção de ir àescola. Por ser muito jovem as professoras do grupo escolar João Ângelo de Oliveira, não o deixavam participar das aulas, issorendeu muitas lágrimas nasua infância. De acordo com dona Ivanir, o menino insistiu tanto que certo dia a professora aceitou sua presença na sala para assistir as aulas. “Todos os dias ele fugia de casacom o caderninho na mão”, recorda sua mãe.
Segundo ela, Casagrande foi uma criança normal, como tantas outras. “Um garoto muito levado, no entanto, inteligente. Fazia muita arte. Subia em tudo quanto é lugar. Um dia subiu até na caixa de água. Vivia fugindo de casa, já que, naquela época, não existiam muros nas casas da Lagoa ainda”, conta Ivanir.
Ele já demonstrava cuidado com seus irmãos desde cedo. Sua mãe lembra que toda vida foi um irmão muito amoroso. “O Luciano era flamenguista e o Casagrande vascaíno. Por conta disso eles tinham suas rixas, porém isso era o máximo que acontecia de brigas entre eles. Elecir tinha um senso de cuidado muito grande com os irmãos”, destacou.
Assim, que atingiu idade suficiente sua mãe o matriculou no grupo escolar João Ângelo de Oliveira. Casagrande foi um aluno regular. Seus parentes mais próximos dizem que ele era muito inteligente, no entantoperalta. Entendia as coisas rápido com muita facilidade, todavia não conseguia ficar parado.
No período de 1972 com cerca de 5 anos, seus pais deixaram o distrito da Lagoa do Bauzinho e se mudaram para Rio Verde, onde fez todo o curso primário. Casagrande passou pelos colégios: Manoel Aires, Abel Pereira de Castro, Frederico Jaime, Colégio do Sol e Filhinho Portilho. Logo que ele cresceu arrumou vários trabalhos a fim de ajudar nas despesas de casa.
Sua mãe relata que em 1978 ela fazia doces caseiros e Casagrande saía para vender. Depois disso, vendeu canetas; picolés; foi auxiliar do pai na máquina de arroz, puxando palha para carregar o caminhão; também trabalhou como engraxate; caixa de supermercado; salgadeiro na rodoviária e balconista da panificadora Flor do Trigo.
No ano de 1982, a seleção brasileira, de Zico, Sócrates, Falcão e Cerezo, sofreu uma histórica derrota de 3x2 contra à Itália de Paulo Rossi. Em Rio Verde, o fanático torcedor Elecir conseguiu um emprego como frentista no posto Cinquentão.
Quatro anos depois (1986), ele decidiu se mudar para Uberlândia e arrastou consigo toda a família. Chegando lá o esforçado rapaz tocou um barzinho por pouco tempo, deixou nas mãos de seus pais e irmãos e foi para São Paulo onde trabalhou como caixa, em uma panificadora. Como sempre, Casagrande demonstrava preocupação com seus familiares e todos os meses enviava dinheiro para sua casa, porque os negócios com bar não iam bem e não era o suficiente para sustentar a família. Afinal, neste período já eram mais três filhos adolescentes, todos estudando.
No início de 1987, ele retornou para Uberlândia. Nessa época as coisas no país não estavam fáceis. A nação atravessava uma crise sem igual. O então presidente José Sarney fracassava com o plano Cruzado Novo, que vivia uma inflação de 363% ao ano. Foi exatamente nesse período – já com saudades de sua terra e com o pensamento de retornar a Goiás – que Elecir foi visitar seus avós na Lagoa do Bauzinho.
Mal sabia o jovem que sua vida tomaria novos rumos e que não retornaria mais a Minas Gerais, depois disso. Foi tomado pelos laços do coração. Conheceu Gelsirlei Bezerra Maia, por quem se apaixonou. Foi por esse sentimento que Casagrande retornou, em 1988, às suas origens e mais uma vez trouxe toda a família.
Concluiu o segundo grau no Colégio Estadual Areno Martins Vieira e chamou os pais e irmãos para retornar para Lagoa do Bauzinho. Por trás desse retorno, também estavam os interesses amorosos. Novamente mudou de ramo e tocou um açougue com seu pai, até o dia 25 de junho de 1988, data de seu casamento, quando Gelsirlei passou também a assinar Garcia em seu sobrenome.
Ivanir percebeu que havia alguma coisa estranha. “Sabia que tinha alguma coisa a ver com namoro. Aí ele casoue continuou a luta, sempre ajudando nós”, salientou. Sua mãe lembra ainda, que Elecir comprou os enxovais e fez todas as despesas dos casamentos das outras duas irmãs.
No decorrer de 1989 mudou para Rio Verde novamente e teve sua primeira filha: Hayana Bezerra Garcia. Casagrande estava trabalhando como caminhoneiro na ocasião. Sempre em busca de melhores condições vislumbrou no município de Maurilândia condições de crescimento. Foi lá que teve início sua vida pública ao candidatar a vereador pelo partido PFL. Perdeu as eleições por 11 votos e ficou na suplência. Permaneceu lá por 3 anos.
Em 1992, retornou a Rio Verde. Foi frentista no posto Campestre, depois trabalhou no Bar do Trevo. Juntou dinheiro e comprou um caminhão de sociedade com seu irmão Luciano. Entãoresolveu investir no ramo de materiais para construção em sociedade com o pai e o irmão Luciano.
Com o passar dos anos sua nova família cresceu, em 1995, nasceu sua segunda filha: Nathália Bezerra Garcia. Um ano depois Casagrande exerceu seu primeiro cargo público, como Assessor Parlamentar, na Câmara Municipal. Paralelamente, manteve sua vida de empreendedor.
A partir de 2002, ele e a sua família sofrem muito com a morte de seu pai, José Eraldo, vítima de um infarto fulminante no miocárdio. Antes de sua morte, José Eraldo vinha incentivando Elecir a lançar a sua candidatura comovereador da cidade de Rio Verde.
Com a finalidade de atender o desejo de seu José Eraldo, e também aos anseios de sua comunidade que Casagrande, em 2004, colocou pela segunda fez seu nome à apreciação popular, lançando-se candidato a uma vaga no Legislativo Municipal. Com uma vida de luta, cercada de valores morais, pautada pela valorização da família e pela preocupação com o bem estar da população, pioneiro nesse tipo de projeto no Brasil, como vereador.
Em 2006, filiou-se ao PP e logo assumiu o cargo de líder do prefeito era de se esperar pelo sucesso nas urnas. Casagrande foi eleito pelo PMDB, com 1.512 votos. Neste período trabalhou em favor da moradia própria para os carentes. Fez e entregou mais de 80 casaspopulares e também representou Paulo Roberto Cunha na Câmara.
Um ano depois, foi eleito vice-presidente da Câmara Municipal. Trabalhou intensamente como parlamentar. Tanto que, em 2008, se reelegeu sendo o vereador mais votado da história de Rio Verde, com 2.452 votos. Em 2009, foi eleito presidente do Legislativo Municipal. O que o futuro te reserva, não se pode dizer, mas é certo que este é ainda o início de uma longa história.